quarta-feira, 22 de abril de 2009

Os filósofos e o nazismo (2)

"Salvo raras excepções, os filósofos académicos têm tido pouco que dizer sobre o holocausto. Houve um tempo em que considerei isso um ultraje. Como é que uma disciplina que examina os valores e as aspirações humanas pode ignorar um dos mais significantes - senão o mais significante - acontecimento do século? Desdenhamos correctamente os cientistas e professores que na Alemanha continuaram os seus estudos cercados por algum do mais demoníaco mal alguma vez imaginado. Como é que os podemos criticar se a comunidade filosófica actual não vê nada no holocausto que valha a penas discutir? A não ser que defendamos a tese duvidosa de que a filosofia não tem nada que ver com as circunstâncias históricas nas quais é feita, temos que perguntar como é que os acontecimentos na Alemanha forçam um reexame das categorias filosóficas." (...)

Kenneth Seeskin, "What Philosophy Can and Cannot Say about evil", in Morgan (ed.) A Holocaust Reader, O.U.P., pp.321-322, (Tr. LFB)

Sem comentários: