Gravações do Trio Fragata no bandcamp
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Novilíngua (2)
Secretário de Estado da Solidariedade Social ao Público:
"Por esse motivo, acrescentou, 'a sociedade portuguesa, através destas instituições, dos voluntários profissionais do sector e dos portugueses com a sua generosidade, são os parceiros' com que o Estado conta para que 'em conjunto' possam 'ultrapassar os obstáculos sociais que existem pela frente'.'"
"Por esse motivo, acrescentou, 'a sociedade portuguesa, através destas instituições, dos voluntários profissionais do sector e dos portugueses com a sua generosidade, são os parceiros' com que o Estado conta para que 'em conjunto' possam 'ultrapassar os obstáculos sociais que existem pela frente'.'"
[Artigo 3º] A qualidade de voluntário não pode, de qualquer forma, decorrer de relação de trabalho subordinado ou autónomo (...).
[Artigo 6º] O princípio da complementaridade pressupõe que o voluntário não deve substituir os recursos humanos considerados necessários à prossecução das actividades das organizações promotoras, estatutariamente definidas.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Prioridades
I.
II.
"Cerca de 43 milhões de pessoas estão em risco de carência alimentar na Europa e não têm meios para pagar uma refeição completa e 79 milhões vivem abaixo do limiar de pobreza, indicam dados do Programa Europeu de Apoio Alimentar. As instituições em Portugal temem os efeitos dos cortes que o programa vai sofrer. (...) Os alimentos distribuídos pela Segurança Social às instituições vêm deste programa europeu que, em 2012, terá um orçamento para Portugal de 4,5 milhões de euros, menos 15,5 milhões que em 2011." (daqui)
III.
"(...) atribuição do prémio de 100 mil euros por jogador se Portugal ganhar 'a essa potência do futebol que é a Bósnia Herzegovina (...)'." (daqui)
De acordo com os melhores especialistas, o Sol não deixará de nascer amanhã.
(DO)
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Os filósofos e o nazismo (4)
"Ainda que não seja mencionado, Johann Gottlieb Fichte era, de facto, o pensador mais próximo de Hitler e do nacional-socialismo, tanto em termos de tom, como em termos de espírito e de brio. Ao contrário de Schopenhauer, homem dado à interioridade e herdeiro da tradição livresca, ou do débil e prostrado Nietzsche, Fichte era impertinente e desafiador. Em 1808, e numa Berlim ocupada pelas tropas francesas, Fichte apelou à sublevação dos Alemães contra a opressão estrangeira nos seus memoráveis Discursos à Nação Alemã. Na véspera da batalha decisiva contra Napoleão, em Leipzig, Fichte apareceu a liderar os seus alunos, armado e pronto a lutar. Consta que era um orador hipnótico, capaz de deixar as audiências "presas" às suas palavras. "À acção! À acção! À acção!", terá ele apelado um dia- "Que é por isso que estamos aqui."
Tal como Fichte, Hitler apelava ao "derrube da elite política" através da sublevação popular. Fichte falava em termos de uma Volkskrieg, ou guerra do povo. E, tal como Fichte, Hitler ambicionava a unificação da dividida nação germânica. Ao pôr em causa o diálogo político próprio da democracia parlamentar e ao apelar ao diálogo directo com o povo germânico, Hitler assumia uma posição próxima da retórica fichtiana e evocava os Discursos à Nação Alemã.
Mais pródigo de consequências, Fichte foi um dos obreiros da ideia da excepcionalidade alemã. Defendia que os Alemães eram únicos entre os povos da Europa. O seu idioma não tinha origem no latim mas sim numa distinta língua teutónica. E os Alemães não só falavam de uma forma distinta dos demais europeus, como pensavam, acreditavam e agiam de modo também distinto. Fichte defendia que só uma língua alemã purificada, não corrompida nem pelo francês nem por quaisquer outros estrangeirismos, poderia dar expressão pela a um pensamento germânico puro. Todos os esforços desenvolvidos pelas diferentes organizações nazis para expurgarem a língua alemã dos elementos que lhe eram estranhos assentavam neste preceito fichtiano, que Hitler consubstanciava sempre que se punha a divagar em torno da palavra Führer. "O título de Führer é de entre todos o mais belo, porque emerge directamente do nosso próprio idioma", chegou a afirmar, fazendo notar com satisfação que apenas a nação alemã se podia expressar em termos de "meu Führer."
Fichte era também decididamente um anti-semita. ele acreditava que os judeus seriam um "Estado dentro do Estado" e, como tal, tinha-os como uma ameaça permanente à unificação alemã. Propunha que a Europa se livrasse dessa ameaça através de um Estado judeu na Palestina. Ou, em alternativa: "Cortando-lhes as cabeças numa noite e colocando-lhes sobre os ombros outras novas, que não deveriam conter uma única ideia judaica."
(Ryback, Timothy, A Biblioteca privada de Hitler - Os livros que moldaram a sua vida, (tr. I.L.S.) Civilização editora, 2011, pp.133-134)
(Ryback, Timothy, A Biblioteca privada de Hitler - Os livros que moldaram a sua vida, (tr. I.L.S.) Civilização editora, 2011, pp.133-134)
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Hoje de manhã, na rádio, uma desconhecida deputada pelos Açores à Assembleia da República afirmava que todos os açorianos anseiam pela continuidade do modelo actual de programação da RTP Açores.
Eu, sendo açoriano, venho afirmar que não só não anseio pelo continuidade da RTPA como me parece que nenhum governo deveria ter qualquer poder sobre as televisões; o que equivale a dizer que a televisão deveria ser privatizada. Não é isso que está para acontecer, mas sim a redução para quatro horas de programação realizada nos Açores, o que é mais do que suficiente.
O grande problema para os políticos açorianos não é, como agora apregoam, o governo "lá de fora" estar a pôr em causa o valor imprescindível da RTPA para a prestação do serviço público dos meios de comunicação. Se assim fosse, seria natural vê-los também procurar saber qual o nível de audiências da RTPA. E assim esclarecer as pessoas sobre o valor real desse dito serviço público. Mas ninguém quer saber do nível de audiências da RTPA, e isso talvez se deva ao facto de ninguém ver a RTPA - a não ser a população mais isolada, mais pobre e mais envelhecida e, por isso, mais facilmente influenciável que, desejando saber qual o tempo que irá fazer amanhã, acaba por ver as últimas inaugurações e as últimas ideias brilhantes dos cesarianos sempre com umas cores a dançar em pano de fundo.
O grande problema é que um dos mais eficazes instrumentos de controlo político deixará de estar disponível para os governantes exercerem a sua manipulação. Sobre isto basta ver o tratamento indigno que foi dado, por parte dos governantes açorianos e por parte dos jornais locais, aos representantes da Entidade reguladora para a comunicação Social quando, ainda há bem pouco tempo, cá estiveram a dizer que havia intromissões políticas no tratamento dos noticiários televisivos.
Até hoje a RTPA tem servido para veicular as mensagens do partido no governo e para mascarar os problemas da sociedade. Veja-se como ex-funcionários da RTPA foram parar a assessores do governo. Tem servido para - com a desculpa do serviço público e do valor cultura açoriana para os próprios açorianos - passar muito dinheiro para o bolso de poucos, alguns deles reformados da própria RTPA. Agora que o dinheiro está a acabar, uns dirão que já não querem mais, que é tempo de dar lugar aos mais novos. Outros, clamarão pelas virtudes da TV pública. Por mim, podem reduzir já a emissão que ninguém dará por isso.
(LFB)
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Amal Murkus - La Ahada Yalam
No-one knows
whose turn it will be tomorrow.
The skies above the refugee camp are grey.
Dreams hastily scrawled on the walls.
Beneath the slogans'
the children from the city
play their game.
Death.
No-one knows, no-one knows.
The heroes of today are announced
dead
on the evening news.
Ordinary people make the headlines
for a few seconds,
only to vanish
without a trace
in the current
of another day's events.
No-one knows, no-one knows.
But I know that tomorrow's victims
will bring a new dawn
closer.
No-one knows.
(Nizar Zreik; tr. para inglês de Robert Wyatt)
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
The Dead Sea Digital Project
Os pergaminhos do mar morto (the dead sea scrolls) - em exposição permanente no Museu de Israel - constituem um dos mais importantes achados arqueológicos do monoteísmo. Cinco desses pergaminhos podem agora - graças a uma cooperação entre o Google e o Projecto de digitalização dos Pergaminhos - ser objecto de estudo aprofundado sem ser preciso sair de casa. Clique e explore: The Digital Dead Sea Scrolls
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