"A árvore-de-Natal é a mais espalhada de todas as instituições festivas e, para as crianças, a mais encantadora. O seu charme pitoresco e alegre fez com que rapidamente se espalhasse por toda a Europa sem ter raízes na tradição nacional, pois, como a maioria das pessoas sabe, é uma criação Alemã, e mesmo na Alemanha só no século dezanove atingiu a imensa popularidade que presentemente goza. (...)" (262-4)
"Muitas das crenças relacionadas com a Véspera de Natal (Christmas Eve) aparecem misturadas com formas de paganismo.
Há a ideia de que à meia-noite da Véspera de Natal os animais têm o poder de falar. Esta superstição existe em várias partes da Europa, e ninguém pode, inpunemente, ouvir as bestas falar. A ideia deu azo a alguns curiosos e tristes contos. Aqui fica um da Grã- Bretanha:
« Era uma vez uma mulher que deixava esfomeados o seu cão e o seu gato. À meia-noite da Véspera de Natal, ela ouviu o cão dizer ao gato: 'está na altura de perdermos a nossa dona; ela é uma avarenta das boas. Esta noite assaltantes virão para lhe levar todo o dinheiro e se ela chorar eles partirão a sua cabeça'. 'E será bem feito' - replicou o gato. A mulher aterrorizada levantou-se com a intenção de fugir para uma casa vizinha, enquanto saía de casa os assaltantes abriram a porta e quando ela gritou por ajuda eles partiram a sua cabeça.»" (233)
Miles, Clement A., Christmas Customs and Traditions, Dover Pub., 1976 (tr. LFB).
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