sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Os artistas de Terezin

"(...)
Quando o jovem e brilhante condutor Rafael Schächter conduziu o Requiem, o próprio Eichmann foi à estreia, acompanhado pelo seu ajudante, o capitão Moes das SS, o homem que era conhecido entre os judeus como "o pássaro da morte". Uma descrição do incidente descreve um Eichmann confuso, perdido, entrando como que numa espécie de devaneio quando os seus Judeus cantaram Dies Irae, Lebera me, libera nos! Em muitos alemães há, em relação às artes, uma boa dose de diletantismo, de amadorismo. Penso que reagiram com curiosidade diletante ao florescimento das artes em Terezin. Permitiram os concertos, as palestras, a biblioteca, os espectáculos e, por vezes, parecia que os incentivavam.
Mas quando a arte se tornou um adversário, tinha que ser esmagada. (...)"


Gerald Green, The Artists of Terezin, Schocken Books, 1978, p.32-35, tr LFB)

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