"
Perceber não é uma actividade para lentos,
é urgente.
Nascemos: e quase nos afogamos; e perceber é tentar
nadar até à margem seca.
Não existe margem seca, dirá o senhor Shankra,
mas que sabemos nós?
Somos humanos: estamos encostados a hábitos
que nos fazem sentir imortais. Enganamo-nos, portanto.
Estamos vivos, levantamos a cabeça: cortam-nos a cabeça.
Eis tudo.
"
Tavares, Gonçalo, M., Uma viagem à Índia, Caminho, 2010, p.355.
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