"O Conselho de Redacção da RTP/Açores (TV) denunciou, neste sábado, ao Sindicato dos Jornalistas duas alegadas tentativas de condicionar o trabalho dos jornalistas da empresa, uma das quais envolve um membro do Governo dos Açores.
Este órgão representativo dos jornalistas da televisão açoriana acusou o secretário regional dos Equipamentos, José Contente, de "procurar condicionar" e de "interferir abusivamente" no trabalho da equipa de reportagem que fez a cobertura dos estragos provocados pelo mau tempo na zona da Bretanha, em S. Miguel, a 11 de Maio.
Segundo o Conselho de Redacção, José Contente "tentou persuadir a equipa de reportagem a não enviar para Lisboa um bloco de imagens em bruto que incluíam um depoimento da presidente da Câmara de Ponta Delgada e procurou impor a sua presença em directo no 'Telejornal' da RTP/Açores, depois de gorada uma intervenção no 'Telejornal' da RTP 1, que não se realizou por Lisboa se ter desinteressado desse directo”." Daqui
É grave, mas não surpreende. Quantas vezes não terá a pressão sido eficaz?
Por sugestão do jornal das 22, da RDP Antena 1.
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sábado, 19 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2005
O jornalismo primitivo
Nos Açores o jornalismo, como muitas outras coisas, é, na maior parte dos casos, fraco, e nos restantes mau. Quer se trate de radio, televisão ou jornais, a informação é transmitida, muitas vezes, de formas que roçam o absurdo, o falso e, nalguns casos, o conveniente. Basta ver os programas informativos da RTP Açores para ver como a formação jornalística - que, pelo menos, deveria ensinar as pessoas a falar e a escrever bem português - é, regra geral, inexistente. Se se quiser ver como é possível conjugar a falta de postura ética com a incapacidade de articular frases simples e de pronunciar correctamente as palavras, basta ouvir alguns momentos do incrível programa da RDP Açores intitulado Inter-ilhas. (Enquanto a RDP 1 realiza fóruns temáticos sobre os temas da actualidade, aos açoreanos, como não têm (ainda!) RDP1, resta-lhes a barbárie, disfarçada de intelectualidade intocável.) Mas a acção mais condenável - e certamente a mais frequente - traduz-se na introdução sub-reptícia de preconceitos contra as regalias e contra os direitos das pessoas. Esta é uma das formas mais usadas pelos jornalistas para dar sentença (e condenação) sobre coisas que não são do seu agrado, como se todas as pessoas fossem facilmente influenciáveis e como se o dever de um jornalista não fosse - acima de tudo - informar e, na medida do possível, de modo neutro. Veja-se o caso, menor é certo, mas sintomático, de um jornalista não identificado que ao escrever uma notícia no Diário Insular sobre a falta de estores numa sala da Escola Vitorino Nemésio, termina afirmando que muitos dos funcionários "foram de férias" porque candidatos políticos nas autárquicas, rematando que, só daquela escola, "foram muitos" os funcionários que se candidataram e "alguns" professores. É assim que se contribui para o descrédito da educação, da política e dos tão falados "direitos adquiridos."
(LFB)
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