Durante o tratamento no instituto, a mente de Kraus foi inundada por recordações do tempo em que o seu pai era vivo e vivia sozinho. Era um dia de sol, no ar os sons dos animais, o pai estendia roupa na corda de secar. Essa presença, o sentir o sopro do pai, transmitia-lhe uma sensação de bem-estar e de imortalidade. Mas havia como que um vidro entre Kraus e as suas recordações que o impedia de agarrá-las com toda a sua força. E não houve condensação.
2 comentários:
A roupa estendida ao vento
(...)
E eu no meu solene estudo
De como as coisas não são,
No qual compreendo tudo,
Vejo o branco agitar mudo
Da roupa sem coração.
(...)
Fernando Pessoa
E «Ordet» de Carl Theodor Dreyer
http://ogerme.blogspot.pt/2012/01/comecamos-saber-o-que-e-prudencia.html
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