quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Hannah Arendt (D: Margarethe von Trotta)



"Diga-se de passagem que a linguagem administrativa se havia tornado a sua língua porque era totalmente incapaz de pronunciar uma só frase que não fosse um lugar comum." (...) A melhor oportunidade que Eichmann teve para mostrar este lado positivo do seu carácter surgiu em Jerusalém, quando o jovem polícia encarregue do seu bem-estar moral e psicológico lhe deu Lolita para se distrair. Passados dois dias, Eichmann devolveu o livro, visivelmente indignado: "um livro muito doentio" - (unwholesome) "Das is aber ein sehr unerfreuliches buch" - disse ao polícia."
            Hannah Arendt, Eichmann em Jerusalém, Tenacitas, 2003, p.105.               

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