VIII. TEMPO
I. ES-FINGE: EM HOMENAGEM
no teu susto já nada se sente de febre roxa e insónia
em oiro de categoria ela escorre e corre em pranto
ela morre no crispado
desdém de uma elegia
por sob espessa densidão de sombra fria
no teu susto imagina-se a carne das cores endoidecidas [no teu rosto]
em ferida ruiva de ether e sem a piedade do dom oh
minhas letras sempre rasgadas e ofendidas
sem som
que pesadelo tão só consentido pelo esquema
carrocel partido?
regressarmos ao susto antigo?
onde estou eu que nada me aloira já?
gostava tanto de poder tocar-te
de sentir, no fim.
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