De acordo com vários estudos imagiológicos, não há diferenças de activação cerebral durante a leitura entre pessoas cegas (que lêem Braille) e leitores normais. Estes resultados desafiam a visão tradicional do cérebro como um conjunto de regiões, cada qual especializada no processamento de apenas um tipo de informação sensorial.
Segundo Amir Ameli*, "o cérebro não é uma máquina sensorial, apesar de assim nos parecer com frequência; é sim um processador de tarefas; cada área desempenha uma determinada função, independentemente da modalidade sensorial do input."
Contrariamente a outras tarefas cerebrais, a leitura é um invenção recente (com cerca de 5400 anos) e o Braille tem menos de 200 anos. "Do ponto de vista da evolução, não decorreu tempo suficiente para que se tenha desenvolvido um módulo cerebral dedicado à leitura", explicou ainda.
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* investigador principal; Hebrew University of Jerusalem.
(tr. DO)
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