O serviço público de comunicação dos Açores já está a divulgar o inevitável crescimento do número de deputados na próxima legislatura - mais cinco deputados serão eleitos em Outubro. O absurdo é que, segundo os últimos censos, a população açoriana diminuiu. Mas o número de eleitores nos cadernos eleitorais aumenta. Os mortos não deixam de ser eleitores e os emigrantes têm todos direito a cartão de eleitor. Em vez de se propor uma solução para o problema - o que se calhar até diminuiria o número actual de deputados, número que é já elevado e tem vindo a aumentar (veja aqui) - transforma-se o erro numa necessidade. É discutível se os mortos continuam, ou não, a ter interesses e direitos, mas na assembleia legislativa regional haverá quem os defenda. Esses cinco novos deputados serão os representantes dos mortos e dos ausentes. Os partidos e os seus líderes fazem contas e esfregam as mãos.
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