quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Snap Crackle


O mundo dos meus olhos

Será possível viver o tempo todo à sombra de uma grande mentira?

sábado, 17 de dezembro de 2016

Eric Dolphy - outward bound


O mundo dos meus olhos

Por vezes Kraus pasmava com frases como: "Não sei aonde ando com a cabeça!". Pensava nas coisas que a frase esconde. Desde logo subentende a distinção entre o corpo que se desloca e a cabeça que se perde;  faz crer que o corpo, por vezes, leva a cabeça para sítios desconhecidos, talvez mesmo sem a sua autorização, ou com uma conivência forçada, como se fosse uma cabra cega. Há ainda uma outra peça, o 'eu', esse sujeito composto que diz não saber da cabeça e que parece preocupado, como se a sua cabeça fosse um repolho que fugiu da horta para não ser comido.